Páginas

21 setembro 2013

Só por uma noite


Meu celular vibra. Uma mensagem sua me convidando para sair. Suspirei e dei um sorriso de canto. Demorei alguns minutos para responder pra você não achar que estava grudada no celular esperando uma ligação ou mensagem. Então, respondi que sim, logo combinamos horário e local. A expressão do meu rosto após ler a mensagem me entregava totalmente. Eu estava feliz e não podia negar pra ninguém.
Cheguei alguns minutos com antecedência no local combinado, só para te ver chegar com seu sorriso radiante, e sentir seu perfume doce exalando, e penetrando nas minhas narinas. Naquela noite você estava lindo, seu olhar brilhava a cada vez que me olhava. A cada olhar,  meu coração disparava e a vontade de me aproximar aumentava. Me contive.
Naquele bar, em meio a tanta gente e tanta conversa, só conseguia ouvir tua voz. Era inconfundível. Ao fundo, tocava Marisa Monte. Aquelas músicas românticas que fazem as borboletas se excitarem dentro do estômago. E naquele bar, em meio a tanta gente e tanta conversa eu só pensava em te beijar.
Bebi um, dois, três, talvez bem mais que quatro copos de cerveja. Achei que meio “alegre” eu poderia me declarar ou te dar um beijo de surpresa, a cada vez que você se aproximava perto do meu ouvido para falar algo, devido a música alta. Cada aproximação sua, eu sentia os pelos do meu corpo se arrepiarem, como se eu estivesse com frio e implorando pra você me aquecer.  Mas naquela noite fazia muito calor.
O garçom  chegou a pensar que éramos um casal. As pessoas em volta pensaram a mesma coisa. Como eu sei ? Quando você foi ao banheiro algumas pessoas me perguntaram. Será que realmente parecíamos um casal ? Sorri ao pensar nessa possibilidade.
Honestamente , eu queria que aquela noite terminasse bem. Pelo menos um beijo. Um abraço diferenciado. Um carinho. Naquela noite, - também não só naquela noite - , eu te queria. Embora você não soubesse disso.
Das poucas certezas que tenho, uma delas é que eu estava apaixonada você. Como eu sei ? A insônia, a falta de fome, os suspiros sem fim. Ah claro, tudo isso são sintomas de amor, certo? Disso não há duvidas.
Bebi meu sexto copo de cerveja – não estava bêbada, mas me deu coragem o suficiente para te beijar -. Você sorriu, como se quisesse ter feito isso primeiro. Então, continuamos nos beijando, e ficamos jogando conversa fora até o dia raiar.
Pelo menos uma noite – pelo menos naquela noite – fiz um algo certo, algo que eu realmente queria.


Nenhum comentário:

Postar um comentário


Layout: Bia Rodrigues | Edição: Sthéfany Glenda | All Rights Reserved ©